Rio Claro, São Paulo, Brasil
Por Jorge Luiz Tourinho
Emocionante matéria sobre o boxe mostrou a academia MM Boxe de Rio Claro, SP. Reportagem assinada por Leo Bauer no jornal Cidade e publicada dia 9 de setembro. As estórias dos rio-clarenses que eu desconhecia comprovam que o pugilismo afasta do vício, do ócio e do crime a quase totalidade dos jovens que dele se acercam.
Os relatos de superação não são exclusividade dos atletas e alunos do abnegado Sr. Marcos Macedo e de sua equipe de colaboradores. Felizmente, acontecem em diversos outros ginásios e em outros estados da Federação. Contudo, essas vitoriosas experiências custam a ganhar espaço na mídia. Na maior parte das vezes procuram exibir as raízes de pobreza dos lutadores e nem mencionam os triunfos desportivos.
É preciso que os dirigentes, treinadores, promotores e patrocinadores reflitam se o boxe que querem é apenas para buscar medalhas em competições do pessimamente denominado Open Boxe. Se é só isso que desejam, tudo certo. Mas, se encaram o amadorismo como etapa formadora para o profissionalismo, devemos todos cerrar fileiras para chegar até ele.
Aproveitando a pujança da economia do estado de São Paulo, destacou-se até a chegada da maldita pandemia, a Liga de Sorocaba. Encontraram lá as parcerias e as condições para fazer diversos programas com combates entre profissionais. Houve, inclusive, a transmissão pela TV de um Boxing For You de Sérgio Batarelli nesta cidade paulista.
Porque insisto nisso? Medalhas são importantes na carreira de qualquer atleta mas é necessário receber dinheiro pelo espetáculo apresentado. Nas potências do boxe aqueles que se destacam são contratados por empresas, algumas com dezenas de campeões e possíveis desafiantes em suas fileiras.
Muitos outros entram na área rentada pois há a requisição de lutadores e grande atividade. Porque no Brasil não se pode fazer algo semelhante?
Um exemplo tem vindo do Reino Unido nas tardes de sábado pela ESPN. São eventos da empresa Queensberry Promotions do milionário Frank Warren. Neste último, 12 de setembro, se esmeraram por emparceirar lutas com equivalência nos cartéis. Destaque para o meio pesado Anthony Yarde (20-1) vencedor aos pontos de Dec Spelman (16-5) e para os médios Mark Heffron (25-1-1) e Denzel Bentley (13-0-1) que empataram em luta ideal para ser exibida em cursos de formação de oficiais.
Apresentado também, agora com 8-0, a promessa Amin Jahanzeb peso leve.
Efemérides - 13 de setembro
1930 - Frontão do Braz, São Paulo, SP
Giuseppe Gambi (7-2) W10 Peter Johnson (17-9-5)
Joe Assobrab (23-3-2) W8 Anibal Prior (5-3-1)
Rubens Soares (21-7-1) W8 Luiz Bellini (8-8-4)
Jacarandá (5-3) Wdq2 Fritz Weber (0-2)
Aymoré (2-1) W4 Paulo Welson (0-2)
1963 - Palazzeto dello Sport, Roma, Itália
pesados - Renato de Moraes (13-5) KO4 Ottavio Panunzi (25-11)
1968 - Ringue d'A Gazeta Esportiva, São Paulo, SP
Edmundo Leite (27-2-6) TKO6 Luiz Gomes (0-4)
1969 - San Juan, Porto Rico
Raimundo Dias (18-5-7) KO3 Julio Viera (11-8)
1975 - Pula, Croácia
super leves - Everaldo Costa Azevedo (61-13-23) KO5 Enzo Pizzoni (29-7-4)
1977 - Olympic Auditorium, Los Angeles, California, USA
World Boxing Council World Welter Title
Carlos Palomino (22-1-3) W15 Everaldo Costa Azevedo (71-14-25)