Mark Magsayo é o novo campeão pena do Conselho Mundial de Boxe
Jorge Luiz Tourinho
23 de janeiro de 2022
Com uma vitória clara sobre o então dono do cinturão Gary Russell Jr (31-2). O comentarista Servílio de Oliveira e eu vimos outra luta. Para nós não houve nenhuma dúvida. O filipino Mark Magsayo (24-0) triunfou com sobras. Não foi o que os juízes da Liga Atlética de Nova Jérsey, aceitos pelo CMB, marcaram. Dois deles, Mark Consentino e Henry Grant, viram vitória apertada do vencedor com 115-113. A outra, Lynne Carter, viu empate em 114-114. Para mim: 118-110 Magsayo. Obviamente não vou chamá-los de ladrões porque pontuaram diferentemente de nós.
O combate acabou se definindo com uma aparente contusão de Russell no terceiro assalto. Magsayo tomou a iniciativa e foi golpeando sempre em maior volume. Sua superioridade pode ter ficado ofuscada pela sua pouca vontade de decidir pela via do sono. Realmente não sei o que escrever. Na primeira luta um empate maroto. Na final um quase empate num cotejo de fácil marcação. Enfim, é um problema para a Liga de Nova Jérsey ou de Atlantic City, cidade que sediou o evento do Premier Boxing Champions (PBC).
Russell aceitou ser dominado e ficou girando em torno do desafiante que em cada round concluído mostrava segurança e confiança. Esse processo de combater exige que aquele que se movimenta em torno do oponente atire golpes. Não basta esquivar e fugir. Tem que socar e atingir. A verdade é que o ex-campeão Gary Russell Jr. é muito mais do que esse que perdeu o cinturão.
Por outro lado, Mark Magsayo mostrou solidez e excelente movimentação. Talvez possa desenvolver a capacidade de pressionar com a guarda fechada. Suas bombas jogadas no corpo do adversário parecem não ter sido consideradas na decisão. Felizmente ele saiu com a faixa mundial.
Duas preliminares foram exibidas no programa ESPN Knockout. Foram:
Penas - Tugstsogt Nyambayar (12-2-1) D10 Sakaria Lucas (25-1-1).
Servílio e eu vimos a vitória clara de Nyambayar, o oitavo do CMB. Lucas é um bom boxeador mas me pareceu frágil quando atingido. Golpes duros conectados o faziam bambear, patinar ou buscar o clinche. Seus melhores momentos foram quando partiu para cima. Provavelmente instruído a buscar a iniciativa por estar atrás nas papeletas foi para o toma-lá-dá-cá nos dois últimos capítulos e acabou se dando bem.
O confuso árbitro Eddie Claudio não considerou um knockdown contra Nyambayar. Mesmo com mais um ponto a seu favor não seria suficiente para ver Sakaria vencedor. No entanto, afetaria o resultado dividido que levou ao surpreendente empate. Os escores foram: 94-96, 95-95 e 96-94. O ponto a mais para Lucas o levaria à condição de vencedor. Para mim 97-93 para Nyambayar.
Super leves - Subriel Matias (18-1) TKO10 Petros Ananyan (16-3-2).
Cotejo morno que foi aquecendo a partir do terceiro tempo. Matias tinha maior envergadura mas aceitou combater no corpo a corpo. Dessa forma Ananyan foi equilibrando e sonhando sair com outra vitória sobre Subriel - era a revanche.
Foram se alternando no 10-9 até que a árbitro Mary Glover marcou uma falta contra Matias no sétimo episódio. A partir dessa exagerada marcação, Subriel passou a exibir maior atividade. Com mais pegada que Petros foi consolidando o domínio até conseguir uma queda no final do nono assalto. A médica examinou Ananyan e indicou a paralisação do combate no intervalo. Como foram pontuados nove rounds, indiquei TKO10. É possível que alguém discorde da minha avaliação...
Imagem: Inquirer.net