Evento da Top Rank Boxing no canal Combate

Ainda bem que a mais importante e tradicional empresa promotora dos Estados Unidos não desistiu do Boxe. Seus programas continuam na plataforma habitual de pay-per-view. Continuam sendo comercializados pelo mundo afora. No Brasil foram adquiridos pelo canal Combate.

A presença da Top Rank via TV é parte da luta com outros promotores que atuam via Web TV por patrocínio e audiência. O evento trazido ontem de Las Vegas, EUA, já não teve disputa de título mundial. Nem por isso deixou de ter qualidade e importância.

Bob Arum fez desfilar no ringue alguns boxeadores que ele levará à disputa de cinturão universal. Ao companheiro que disse-me querer fazer o Boxe mais limpo, peço que estude a proposta de impedir a obediência das entidades reitoras aos desejos de promotores. Não tenho nada mais a fazer do que escrever meus artigos. É preciso gente influente para fazer ver que a volta dos Comitês de Classificação integrados por abnegados independentes é fundamental para diminuir a desconfiança que trazem decisões que levam alguns a xingar os juízes por discordarem das marcações.

Outra proposta é que cada entidade brasileira que homologue e supervisione lutas faça anualmente curso de formação de árbitros, cronometristas e juízes. Quem sabe alguns dos que tem se dedicado a ofender jurados que não dão como vencedor o seu favorito façam os cursos e ajudem a modalidade em vez de atrapalhar.

O gigantesco e fortíssimo nigeriano deverá esperar um bom tempo para lutar por faixa mundial. O presidente Sulaimán já escreveu que a unificação Fury-Usyk está sendo tratada nos bastidores. Caso o Rei Cigano confirme seu favoritismo, há outros adversários mais valiosos para fazer-se mega eventos. Anthony Joshua e o ex-campeão do UFC são dois deles. Ajagba não traria mais interesse do que esses a menos que triunfe sobre um ou dois dos top-15.

O cotejo foi dominado por ele desde o início. Não houve quedas. O veterano mediador Tony Weeks encerrou após um duro castigo ser infringido ao australiano. Por sinal, o perdedor ensaiou uma interrogação pela decisão. Concordo com Weeks. Goodall não venceu nenhum assalto e estava praticamente perdido.

Dessa forma o knockdown no oitavo antecedeu o TKO sem maiores problemas. O desagradável foi ver o árbitro Celestino Ruiz fazer o perdedor andar daqui pra lá e de lá pra acolá. Decretasse logo o nocaute técnico. O cara não venceu nenhum tempo.

Outros resultados que devem ter alegrado a rapaziada da Top Rank.